Os recursos naturais são finitos e o risco ambiental precisa ser levado a sério
Não se pode pretender uma sociedade moderna e
socialmente avançada sem sustentabilidade. A partir do momento em que a
humanidade tomou ciência de que os recursos naturais são finitos e que o risco
ambiental do desenvolvimento econômico – que nunca chegou a ser tão preocupante
– precisa ser levado a sério, a sustentabilidade, com efeito, tornou-se a
palavra do século, e o desenvolvimento sustentável, por sua vez, tornou-se o
conceito base para a construção de um novo modelo de desenvolvimento.
No caso do Brasil, por exemplo, se medido pelo PIB
(período 1990-2008), nosso país cresceu 31%, mas, se medido pelo Índice de
Riquezas Inclusivas (IRI), das Nações Unidas, perdemos 25% em recursos naturais
per capita. Em nosso Estado, embora ainda não tenhamos um IRI específico,
nota-se que muitas ações, ainda, vêm sendo pautadas pelo modelo antiecológico,
com a exploração desmedida dos recursos naturais.
Com isso, os processos de degradação aí estão, bem
presentes nas queimadas (município de Corumbá, ocupando o primeiro lugar no
país), nos desmatamentos ilegais, inclusive, de matas ciliares, na erosão dos
solos (9 milhões de hectares de pastagens degradadas), na hipermonocultura, nos
volumes crescentes de agrotóxicos, no assoreamento e poluição dos rios, na
obstrução de nascentes e nas constantes perdas da biodiversidade.
Ações inteligentes, com a devida eficiência ecológica,
e, que, de fato, resultam em aumento da produção, protegendo e valorizando o
meio ambiente, segundo convém ao desenvolvimento sustentável. Esse novo modelo,
sublinhe-se, não condena o desenvolvimento econômico. Pelo contrário, vem
demonstrando, e meridianamente, que é possível aumentar a produção, preservando
os ecossistemas.
Integrar o desenvolvimento com a sustentabilidade, na
perspectiva de que, se o desenvolvimento é necessário, o meio ambiente, face às
previsões, tornou-se imprescindível!
Nenhum comentário:
Postar um comentário